domingo, 23 de outubro de 2011

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

encontro de encerramento

mf#14 million dollar baby.

projeção realizada no bairro milionários, no Barreiro,
com participação especial de Janaína Rodrigues e Juliana Araújo, do projeto Pintura Itinerante.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

mf#13 - tiro ao alvo

Mf#13_tiro ao alvo

Ainda não sabíamos, mas por aqueles dias começava a cair uma chuva que, deixando de lado alguns momentos esparsos, continuaria quase que sem cessar até os últimos dias do ano.

Ainda era outubro e começávamos a calcular os dias e últimos trajetos a serem feitos. Após a experiência que tivemos no Santo Antônio fomos convidados a fazer parte pela segunda vez do movimento Perpendicular. A proposta era ocuparmos o cruzamento entre Rua da Bahia e Avenida Álvares Cabral com performances e intervenções de algumas pessoas ou grupos de pessoas.

Já era nossa intenção fazer projeções a partir de conversas com outras pessoas. Nossa ideia era chamar olhares e experiências diversas, somar às nossas projeções outros tipos de interações. Assim, o convite para participar desta segunda Perpendicular nos chegou com a proposta de projetarmos vídeos de outras pessoas.

Foi num dia cinza, com nuvens que prometiam bastante água que a intervenção aconteceu. Sem dúvida foi a projeção em que tivemos mais pessoas assistindo. Combinamos que iríamos começar e terminar a intervenção com nossos vídeos. Projetamos então um cão na escadaria da pequena praça que guarda o monumento em homenagem ao antigo bonde que subia a Rua da Bahia. E assim, com a imagem de um cachorro entre os pés das pessoas que estavam ali, demos início ao mf #13. Logo depois começaram os vídeos de outras pessoas, que assístiamos pela primeira vez, no centro de BH. Os vídeos eram bem diferentes das imagens que exploramos em nosso trabalho. Eram editados, alguns com narrativa, e todos produzidos para serem vistos do começo ao fim.

Foi interessante perceber limites e tensões que até ali não tínhamos experienciado, após todos esses meses de projeções. Em primeiro lugar, vimos na prática uma certeza que já tínhamos em nosso trabalho: nossas projeções não são uma exibição de vídeo para uma plateia. Partimos do contrário, da utilização da imagem projetada na soma e diálogo com o espaço urbano. Nossa preocupação é em colar o vídeo em muros, ruas, objetos e pessoas. Tentamos fugir da sedução da tela, da narrativa, da expectativa. Usamos um termo que até hoje me parece ser um dos que melhor consegue transmitir nossas intenções: consideramos o mf como um trabalho de pixações momentâneas. Buscamos interações instantâneas, no sentido dos diálogos se fazerem no presente da ação, aberto à rua, à cidade. Nossas imagens não são editadas, tratadas, não narramos histórias em nossos vídeos. Nossa proposta de narrativa se dá na esfera da cidade. Somos totalmente dependentes do lugar, das pessoas que estão ali.

Por isso, uma série de vídeos editados, com créditos e títulos nos deixaram confusos e não soubemos lidar com a situação. Tentamos colar as imagens em superfícies variadas mas não nos satisfazíamos. Um público que estava ali para ver performances tentava encontrar sentido, em algo, que ao meu ver, estava bem perdido. Os vídeos tinham teores variados: uma peformance em que um corpo era conduzido em um barco na lagoa do Parque Municipal; um percurso em primeira pessoa em ruas chinesas; um vídeo que explorava a edição e o zoom em movimentos de um olho humano; um trabalho que explorava a técnica de stop-motion a partir de uma pessoa que percorria diversos ambientes, e alguns outros vídeos.

Para fechar, exibimos um trânsito de 6 horas da tarde na marquise de um prédio. Com o rio de carros, decidimos encerrar, aproveitando que a chuva começava a ganhar força.


Terminava a projeção para começar uma longa noite de discussões sobre o trabalho, em que nomeamos alguns erros, trocamos impressões com bastante pessoas e vimos limites a que estamos sujeitos.

Tudo se deu na cidade, na arquitetura do centro.

Errar é importante.

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mf#12 - um ponto

A proposta é caminhar, andar a cidade. É adentrar em bairros, virar esquinas desconhecidas, conhecer. Em nossas andanças encontramos uma avenida grande do Bairro São João Batista, com um muro extenso, que vinha dobrando a esquina e continuava até o meio do quarteirão, com um ponto de ônibus em sua frente. Ao fundo, um horizonte de cidade menos montanhosa que de costume. O muro demarcava um lote vago, no cume de um morro, o que significa dizer que nossa superfície de projeção era exclusivamente o muro. Por sobre ele, o céu.

No ponto vazio uma mulher esperava seu ônibus. Via de rabo de olho imagens que trouxéramos. A avenida movimentada se encarregava de trazer nossa trilha sonora. Moto-carro-ônibus-descida-de-gente-música-eletrônica-música-romântica-e-muito-mais.

No percurso para casa duas crianças se interessaram pela projeção, e, como duas mariposas, ficaram por lá, margeando luz. Por coincidência projetávamos crianças brincando em uma Milho Verde distante.

Do outro lado da rua, jovens passando, carros parando. E da janela de uma casa, qual não foi nossa surpresa quando vimos um bando de crianças, mais de cinco, junto de pais e tios gritando, “que legal, que legal”

No ponto, depois de muito esperar a mulher solitária finalmente vai-se.

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A rua como lugar de convívio.

PORO + DANIEL ESCOBAR + SHIMA