segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

mf#12 - um ponto

A proposta é caminhar, andar a cidade. É adentrar em bairros, virar esquinas desconhecidas, conhecer. Em nossas andanças encontramos uma avenida grande do Bairro São João Batista, com um muro extenso, que vinha dobrando a esquina e continuava até o meio do quarteirão, com um ponto de ônibus em sua frente. Ao fundo, um horizonte de cidade menos montanhosa que de costume. O muro demarcava um lote vago, no cume de um morro, o que significa dizer que nossa superfície de projeção era exclusivamente o muro. Por sobre ele, o céu.

No ponto vazio uma mulher esperava seu ônibus. Via de rabo de olho imagens que trouxéramos. A avenida movimentada se encarregava de trazer nossa trilha sonora. Moto-carro-ônibus-descida-de-gente-música-eletrônica-música-romântica-e-muito-mais.

No percurso para casa duas crianças se interessaram pela projeção, e, como duas mariposas, ficaram por lá, margeando luz. Por coincidência projetávamos crianças brincando em uma Milho Verde distante.

Do outro lado da rua, jovens passando, carros parando. E da janela de uma casa, qual não foi nossa surpresa quando vimos um bando de crianças, mais de cinco, junto de pais e tios gritando, “que legal, que legal”

No ponto, depois de muito esperar a mulher solitária finalmente vai-se.

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